Páginas ocultas dos nossos gibis

Mas sabendo mais sobre A Guerra dos Gibis – A Formação do Mercado Editorial Brasileiro e a Censura aos Quadrinhos, 1933-64, vi que este caso não era bem assim. Na verdade, foi esta excelente entrevista aqui que me abriu os olhos. O autor do livro, Gonçalo Júnior, é jornalista com mais de 25 anos de carreira e fez parte do time de bambas do caderno Fim de Semana da Gazeta Mercantil, suplemento que na sua fase áurea foi uma das melhores (se não a melhor) publicações de cultura do Brasil, com pautas e textos do nível da Bravo pra cima. Digo isso não porque consta na entrevista, mas porque eu lia esse caderno toda semana em meados de 2000 e eu gostava muito mesmo.
A partir daqui, vou falar do livro, mas quero deixar claro que eu ainda não o li. Minha mulher leu, e disse que era excelente. Bem, A Guerra dos Gibis analisa, com pistas e depoimentos inéditos, a influência de nomes como Adolfo Aizen e Roberto Marinho na popularização dos quadrinhos no Brasil. Fala da relação dos criadores de quadrinhos nacionais com os censores da ditadura. E das dificuldades de fazer gibis para outros tipos de público além do infanto-juvenil, e das teorias conspiratórias de que quadrinhos poluem a mente das crianças com obscenidades, e de quem trabalhava com edição de quadrinhos antes de Aizen, e coisa e tal. Diz Gonçalo que a pesquisa dele pra fazer esse livro durou mais de dez anos.
Eu pretendo comprar e ler e pá, mas isso vai levar todo um processo - custa em média R$ 52 que eu não sei quando (ou se) gastarei, e ainda assim são 448 páginas pela frente. Portanto, se você ficou interessado e quiser saber mais, não espere por mim. Sugiro clicar no link que eu dei aí e ler a entervista, que é bem longa e detalhada. Ou comprar o livro. Tá dada a dica.
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