Conversa de bêbo
Sabe aquela lista de quadrinhos que pretendo comprar até o final do ano? Esquece. Quer dizer, eu tenho que esquecer.
Eu amo quadrinhos, mas está cada vez mais difícil alimentar esse amor. Nos últimos anos eu já diminuí radicalmente a quantidade de investimento em quadrinhos, e o futuro me reserva coisa pior. Não é só o preço alto. Odeio dizer isso, mas acho que ando perdendo o encanto. Ou então estou me forçando a acreditar nisso.
Pense na sensação de passar em uma banca de revistas ou livraria. Ver editoras como a Conrad lançar várias compilações fantásticas de Shelton, Crumb e outros artistas underground dos anos 60, ou a Companhia das Letras e o livro Little Lit, ou a Conrad de novo e o Noites Sem Fim de Sandman. E sair sem comprar NADA disso e se odiar por não ter a grana necessária.
Aí bem, a gente pode recorrer a soluções com mais custo/benefício. Mas aí o que acontece? As únicas opções no Brasil com um mínimo de custo/benefício são Mônica, Disney, Marvel/DC e um ou outro mangá. Gêneros dos quais estou um pouco cansado. Ainda gosto pra caralho, mas estou a fim de dar um tempo pra não morgar deles definitivamente.
Quando algumas das coisas mais interessantes que li recentemente foram dois livros de bolso - A Revolução dos Bichos (George Orwell) e Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley) - então algo está fora da ordem mundial, fora o fato de serem por si só livros espetaculares.
Alguém precisa salvar a economia brasileira, salvar o meu bolso e renovar o segmento de HQs. Alguém, por favor. Não nos deixem morgar.
Eu amo quadrinhos, mas está cada vez mais difícil alimentar esse amor. Nos últimos anos eu já diminuí radicalmente a quantidade de investimento em quadrinhos, e o futuro me reserva coisa pior. Não é só o preço alto. Odeio dizer isso, mas acho que ando perdendo o encanto. Ou então estou me forçando a acreditar nisso.
Pense na sensação de passar em uma banca de revistas ou livraria. Ver editoras como a Conrad lançar várias compilações fantásticas de Shelton, Crumb e outros artistas underground dos anos 60, ou a Companhia das Letras e o livro Little Lit, ou a Conrad de novo e o Noites Sem Fim de Sandman. E sair sem comprar NADA disso e se odiar por não ter a grana necessária.
Aí bem, a gente pode recorrer a soluções com mais custo/benefício. Mas aí o que acontece? As únicas opções no Brasil com um mínimo de custo/benefício são Mônica, Disney, Marvel/DC e um ou outro mangá. Gêneros dos quais estou um pouco cansado. Ainda gosto pra caralho, mas estou a fim de dar um tempo pra não morgar deles definitivamente.
Quando algumas das coisas mais interessantes que li recentemente foram dois livros de bolso - A Revolução dos Bichos (George Orwell) e Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley) - então algo está fora da ordem mundial, fora o fato de serem por si só livros espetaculares.
Alguém precisa salvar a economia brasileira, salvar o meu bolso e renovar o segmento de HQs. Alguém, por favor. Não nos deixem morgar.
<< Home